As ilhas da Madeira e do Porto Santo são um refúgio de beleza natural. As cores exóticas das flores destacam-se no meio do azul do mar e da vegetação verde-esmeralda. Dois terços do arquipélago são área protegida.
Ea Ejersbo tinha apenas uma ideia vaga da história e da geografia de Portugal. Já tinha estado em Lisboa, tendo guardado a memória de uma cidade antiga, bonita, com muitos detalhes interessantes, com bom tempo e uma população simpática. Da Madeira, tinha a ideia de ser uma ilha atlântica, com montanhas verdes e um clima subtropical, onde se produzia um conhecido vinho licoroso.
A visita à Madeira tornou-se uma fonte de inspiração visual e uma viagem de sabores muito agradável. Nas suas palavras:
“A ilha tem uma “personalidade” fascinante e única na intersecção da paisagem, flora, oceano, história e cultura local.”
Impressionada pela vegetação verde e exuberante, interessou-se pelos aspetos da vida local e pelos meios tradicionais de subsistência que ainda se encontram ligados à agricultura e à pesca. A existência de uma boa rede viária, permitiu visitar os principais pontos de interesse da ilha em poucos dias e ainda ter tempo de apreciar o ambiente animado da cidade do Funchal, o que não é de estranhar, tendo em conta a época do ano, em dezembro.
Foi uma oportunidade de assistir ao memorável espetáculo de fogo de artifício na passagem de ano. No final, ficou a vontade de voltar e de se envolver mais com a vivência local.
Ea Ejersbo vive na Dinamarca. É artista, formadora, editora experiente em impressão e poeta. A sua experiência artística centra-se sobretudo em cadernos e quase exclusivamente a partir da observação direta. Onde vai, faz muitos desenhos das pessoas.