Eduardo Bajzek já tinha estado em Portugal em duas ocasiões. Na primeira vez, veio com os seus pais para conhecer a terra natal dos seus avós, uma aldeia do concelho de Penalva do Castelo, perto de Viseu, e aproveitou para viajar pelo país.
Na segunda vez, veio para um simpósio internacional de Urban Skectchers e só nessa altura se dedicou a desenhar e a registar Lisboa e alguns monumentos portugueses, que muito o impressionaram.
A expetativa de ir a Fátima durante as celebrações do Centenário era grande. Viveu a experiência com um misto de ansiedade e um pouco de apreensão porque teria de desenhar no meio de uma multidão mas também com alegria e muito entusiasmo, como se pode ver nos seus desenhos.
Depois desta experiência, numa das suas declarações mais sentidas, Eduardo mencionou:
“Enquanto escrevo estas palavras, sinto que esta experiência deixou um certo vazio em mim. Quando será que voltaremos a ter uma oportunidade como estas novamente? Tenho a sensação de que nunca mais vou voltar a ter um dia de trabalho tão bom. Desenhar pelo mundo fora é indispensável, quase urgente.”
Eduardo também refere:
“O último dia foi muito especial, quando percorremos os caminhos dos peregrinos. A nossa alegria quase infantil de tirar selfies em conjunto e de saltar nas fotografias deu lugar a um silêncio contemplativo e respeitoso, quando desenhámos a Loca do Anjo, no meio de peregrinos de diferentes partes do mundo.”
Eduardo Bajzek é licenciado em Arquitetura e trabalhou 20 anos como ilustrador. Recebeu um prémio da American Society of Architectural Illustrators e conduziu vários workshops de design em simpósios internacionais de Urban Sketching em Santo Domingo e Barcelona.