Alexandra Belo retomou há alguns anos o hábito de desenhar em cadernos, como fazia nos tempos de universidade. Em boa hora o fez.
Arquiteta desde que se licenciou em Arquitetura, Alexandra Belo desenvolveu a sua experiência profissional em diversos ateliers de arquitetura em Lisboa e Barcelona, entre 2005 e 2011.
Em 2010, iniciou atividade própria em conjunto com Vítor Mingacho, formando o atelier .dbA arquitetura, no qual têm vindo a desenvolver diversos projetos, nomeadamente nas áreas de reabilitação e espaços públicos.
Alexandra desde sempre gostou de utilizar o desenho como meio de expressão, pensamento ou simplesmente observação.
Qual foi o maior desafio e a maior recompensa desta experiência?
Foi tão desafiante desenhar as gravuras à noite, como desenhar o skyline de todas as aldeias históricas da rota vistas de um ponto de vista panorâmico, exterior às muralhas. A verdadeira recompensa foi, ainda assim, a experiência da viagem em si mesma e o contacto com todas as pessoas que fizeram parte dela.
Tinha alguma ideia previamente criada sobre o Centro de Portugal e de que forma esta experiência a alterou?
Esta viagem reforçou a minha conceção do Centro de Portugal (sendo eu originária desta região), como um território diverso e rico em termos paisagísticos, gastronómicos e patrimoniais. Por mais que se conheça cada uma das localidades, há sempre novos detalhes agradavelmente surpreendentes por descobrir.
Qual foi o seu momento preferido desta viagem?
A descida, de jipe, ao pôr do sol, para a visita noturna às gravuras do Côa.
Se tivesse de recomendar o Centro de Portugal a amigos, o que diria?
Poderia dizer-lhes que o Centro de Portugal pode ser o contraponto perfeito a uma vida agitada: um local onde o ritmo abranda, mas onde nunca nos aborrecemos. Recomendaria que passassem pelo menos uma semana a viajar pelas aldeias históricas e outros pontos de interesse, para tirarem partido de tudo o que a região tem para oferecer.