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O olhar criativo de

Charline Moreau

Charline Moreau estreou-se numa ilha portuguesa com esta visita à Madeira.

Estudou Design Espacial e Arquitetura Paisagista em Nantes e Bordéus. Trabalha como ilustradora freelancer e pinta com aguarelas.

Charline descobriu o urban sketching quando estudava no estrangeiro e criou o seu primeiro sketchbook em Itália em 2016. Gosta especialmente de desenhar arquitetura, mas não resiste em utilizar elementos de árvores e plantas. É autora de “Nantes croquée, visitez la ville en dessin” (2020), um sketchbook de viagens sobre a sua cidade natal.

O ambiente constantemente primaveril da Madeira está sempre visível nas ilustrações de Charline. Maravilhe-se com as suas cores vibrantes.

Qual foi o maior desafio e a maior recompensa desta experiência?

O maior desafio foi escolher o que eu iria ou não desenhar. Tudo era tão bonito que o ato de escolher significava prescindir de outro objeto lindo. Levaria décadas para desenhar todas as maravilhas desta ilha! É para regressar, sem dúvida.

Houve alguma refeição em especial que lhe tenha ficado na memória?

Lapas! Comemos todos os dias e ainda consigo sentir o sabor na minha boca. Não se esqueça de experimentar quando lá for, especialmente com o bolo do caco. É simplesmente delicioso. A ilha está cheia de produtos frescos (principalmente legumes e frutas) cultivados durante todo o ano.

Tinha alguma ideia previamente criada sobre a ilha e que forma esta experiência a alterou?

Tinha alguns parentes e amigos que já tinham visitado a Madeira e me tinham dito que era fantástica: muitas flores, vegetação luxuriante, lindas paisagens. Mas diria que até pormos o pé na ilha, não conseguimos imaginar a escala de todas estas coisas. Senti-me tão pequena na Madeira, os elementos naturais são gigantes. E o mais bonito de tudo isto é que está tudo muito bem preservado e arranjado. Espero que continue assim!

Qual foi o seu momento preferido desta viagem?

O meu momento favorito desta viagem foi a visita à Bordal, a fábrica do Bordado da Madeira (fundada em 1962). A loja era tão pequena que nunca a teria encontrado se viajasse sozinha. Fiz um sketh na pequena oficina da desenhadora Dina quando esta trabalhava, perfurando ponto por ponto um novo padrão num pedaço de papel vegetal antes de o reproduzir num tecido com pigmento azul. Foi um momento muito bonito de partilha, cada uma de nós a desenhar à sua própria maneira.